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Mais do que nunca, precisamos nos mobilizar para garantir a aprovação de projetos que interessam à nossa categoria, como o tão sonhado adicional por risco de vida para os vigilantes. Os resultados das urnas demonstram que, seja queml for o próximo presidente da República, os trabalhadores deverão ter dificuldades para aprovar suas propostas no Congresso. Embora o PT tenha eleito a maior bancada na Câmara Federal, 88 deputados, o número de representantes dos trabalhadores será bem menor do que o de empresários na próxima legislatura. Serão 169 empresários ante 62 sindicalistas. Os representantes dos patrões será quase um terço do total de 513 parlamentares. A bancada empresarial recém-eleita para a Câmara é a mais numerosa dos últimos 16 anos. O grupo ganhou mais 49 representantes em relação a 2006. O partido com mais empresários eleitos é o PMDB, com 32 deputados, seguido pelo DEM, com 28. O PT, partido mais numeroso na bancada sindical, elegeu sete empresários, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O número dos deputados empresários é quase o triplo do que aqueles com ligação ao movimento sindical, apesar de a bancada sindicalista também ter aumentado, com mais sete deputados em relação à eleição passada. Os empresários também se fortaleceram no Senado, com a eleição do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto (PTB-PE), e de Ciro Nogueira (PP-PI). A boa notícia é que, apesar de representar apenas 12% dos novos eleitos, os sindicalistas também ganharam reforços na Câmara e fizeram a maior bancada de sua história. Há 20 anos, foram eleitos 25 sindicalistas, menos da metade dos 62 eleitos nesta eleição. Entre os representantes dos trabalhadores, o PT continua sendo o partido predominante, com 49 dos parlamentares eleitos (72%). A maior parte tem vinculação com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), como o deputado Vicentinho (SP), ex-presidente da central. O PDT, com representantes ligados à Força Sindical, elegeu apenas dois deputados dessa bancada. Os sindicalistas são de diferentes categorias, como os metalúrgicos, professores, bancários e químicos. Entre os novos deputados federais estão a médica Jandira Feghali (PCdoB), o ex-prefeito e ex-reitor da Universidade Federal de São Carlos Newton Lima e Erika Kokay e Paulo Tadeu, ambos do PT do Distrito Federal, ligados à categoria dos bancários e dos eletrecitários, respectivamente. No Senado, além de Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), há quatro novos representantes do movimento sindical: Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), Walter Pinheiro (PT-BA), o ex-ministro José Pimentel (PT-CE) e o ex-governador Wellington Dias (PT-PI). A correlação de forças entre as duas bancadas deve impactar discussões que estão na pauta das centrais sindicais, como a redução da jornada de trabalho, o fim da terceirização e a proposta de impedir a demissão sem justa causa. Fonte: CNTV |
Publicado: http://segurancaprivadadobrasil.blogspot.com
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