SEGURANÇA ELETRÔNICA
Após
a morte da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, no colégio Nossa Senhora
Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, um Projeto de Lei passou a
exigir que escolas municipais e particulares instalem câmeras de segurança em
suas dependências. Os colégios terão até o mês de março para cumprir a
determinação.
Em
algumas escolas da cidade as câmeras já foram instaladas. A Lei só não inclui
os colégios da rede estadual. A contadora Williana Lima, antes de fazer a
matrícula da filha, procurou saber se no local havia câmeras de monitoramento.
“Deixa a criança no colégio, vai para o trabalho, então a gente precisa dessa
segurança. Não quero ficar no meu trabalho pensando que está acontecendo alguma
coisa na escola ou que se acontecesse alguma coisa, eu não tivesse como ver de
fato o que aconteceu”, disse.
Na
escola onde a diretora Cristina Durando trabalha, as câmeras de segurança foram
instaladas há cinco anos. De acordo com a diretora, os equipamentos têm ajudado
na segurança da instituição. “É para dar mais segurança para a escola e para as
crianças também. Então, com certeza agora nós vamos redobrar os cuidados e
colocar até mais câmeras na escola”, destacou.
Os
equipamentos foram instalados em quase todos os espaços. Menos nas salas de
aula. “É uma determinação do Sindicato dos Professores de Pernambuco porque eles
alegam assédio moral, invasão de privacidade e que o professor não vai
trabalhar à vontade”, explica Cristina.
A
autoria do projeto foi do vereador Alvorlande Cruz. “É para que se tenha
condições de inibir, porque as nossas crianças, os nossos filhos tenham
condições de ir e vir com sua integridade assegurada”, disse o vereador.
Pela
lei municipal, as escolas têm um prazo de 90 dias para se ajustarem e
instalarem as câmeras de monitoramento. Se isso não ocorrer, poderão sofrer
penalidades. A data limite termina em
março de 2016. “Se elas não se adequarem, as escolas particulares não terão o
seu alvará e suas licenças urbanísticas, ambientais e de vigilância sanitária.
Quando se trata do município, não terá alvará, mas também não terão as demais
licenças para que os recursos venham para a escola. É uma maneira da gente tem
para fazer com que aconteça”, explica Alvorlande.
Em
algumas escolas do município as câmeras já começaram a ser instaladas há um
ano, como na Escola Municipal Santa Teresinha, no bairro Dom Avelar. O
secretário de educação de Petrolina, Heitor Leite, disse que outras
instituições vão receber gradualmente os equipamentos. Mas, pode ser que o
total de quase 100 escolas não recebam as câmeras até o meio do ano.
“Nós temos um planejamento
sendo feito para avaliar dentro do orçamento o que é possível, de modo que a
gente vá avançando e conclua a instalação de câmeras em todas as escolas que
necessitam. Existem escolas que necessariamente não precisa colocar câmeras
agora, pela sua dimensão e pela estrutura de segurança que o prédio já
oferece”, argumenta Heitor Leite.
Para
o vereador Alvorlande Cruz, o orçamento que foi aprovado e destinado à educação
do município este ano, deve servir para instalar as câmeras de segurança dentro
do prazo. “Nós aprovamos R$ 217 milhões para a educação. Recurso hoje tem.
Precisa agora só da competência do secretário de educação, dos que fazem a
educação, dos que fiscalizam. O que não pode é a gente colocar em jogo a
integridade física das nossas crianças, das pessoas que tarabalham no
educandário”, disse.
Independente
de prazo e orçamento, o gestor da escola Santa Teresinha, Cristiano Dias, diz
estar mais seguro depois da instalação das câmeras. “Tem ajudado muito, porque
as pessoas tomaram conhecimento de que as câmeras foram instaladas e isso
tornou-se também um processo para que pessoas não entrem na nossa escola como
vinham fazendo constantemente”.
Fonte:
http://www.petrolinanews.com.br/2016/01/escolas-de-petrolina-terao-que-instalar.html
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