Modelo de arma com espaço para bobina e micro solenoide que fazem travamento
De acordo com Gazziro, a arma eletrônica só será capaz de efetuar o disparo pelas mãos do dono legítimo. Quanto à eficácia, depois de identificar o chip, leva-se, em média, 5 milionésimos de segundo para que todo circuito seja acionado e ela seja destravada. “Como todo circuito eletrônico, ela deverá ser carregada para funcionar. No momento, é estudada a montagem de um circuito que tenha capacidade para manter o funcionamento da arma por, no mínimo, uma semana, sem recarregá-la”, planeja.
Radiografia indicando local da implantação do chip (assinalado com um círculo)
Ele conta que outras questões também são estudadas, para aprimorar a segurança do novo equipamento. “O intuito final do projeto é uma arma que, no momento do disparo, já registre local, horário e autor do disparo, inclusive com orientação do tiro, informação que poderá ser fornecida se a arma possuir um giroscópio”, conta.
No exterior, uma publicação com detalhes do projeto foi divulgada no “European Conference of Control”. No Brasil, além de alguns pesquisadores do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais já convidaram Mário para testes mais concretos. “No final do ano, pretendo ir à Belo Horizonte para fazer testes incluídos à parte mecânica da arma, já que a eletrônica, relacionada ao chip, já funciona perfeitamente”, diz Gazziro.
Em relação à definitiva concretização do projeto, ou seja, a comercialização das armas eletrônicas, o pesquisador aponta que uma etapa pode levar algum tempo para ser ultrapassada. “A última fase envolverá a esfera política, para aprovação de um projeto de lei que autorize o uso desse tipo de arma, levando-se em conta todas as suas consequências”, observa.
(Imagens: Assessoria de Comunicação do IFSC)
TESTES DA PARTE MECÂNICA DO DISPOSITIVO DEVEM SER FEITOS NO FINAL DO ANO, COM APOIO DA POLÍCIA CIVIL DE BELO HORIZONTE. A CHEGADA DA TECNOLOGIA AO MERCADO AINDA DEVE DEMORAR, SEGUNDO O PESQUISADOR, UMA VEZ QUE "A ÚLTIMA FASE DA PESQUISA ENVOLVERÁ A ESFERA POLÍTICA, PARA APROVAÇÃO DE UM PROJETO DE LEI QUE AUTORIZE O USO DESSE TIPO DE ARMA, LEVANDO-SE EM CONTA TODAS AS SUAS CONSEQUÊNCIAS".
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