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29 de dez. de 2013
LEI DO DESARMAMENTO NÃO MUDA APÓS O REFERENDO DE 2005
Lei do Desarmamento não muda
após o referendo
Com
a vitória do “não” no referendo em 23 de outubro de 2005, o artigo 35, da Lei
de Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), que previa a proibição de armas de fogo e
munição, não entra em vigor. Apesar disso, todos os outros artigos da mesma
lei, aprovada em dezembro de 2003, continuam valendo.
Segundo
Ayrton Francisco Ribeiro, advogado e professor de Direito e Processo Penal da
Universidade Metodista de São Paulo, a principal contribuição do Estatuto do
Desarmamento foi a criação de um sistema mais rigoroso para que as pessoas
adquiram e portem uma arma.
“Acho
que o Brasil perdeu uma oportunidade de fazer diminuir a criminalidade.
Evidentemente, ela não é um problema só do armamento ser proibido ou não. É um
problema muito mais amplo e complexo. Passa por questões como distribuição de
renda, empregos, entre outros. Na minha opinião não resta dúvidas de que
perdemos uma grande chance de ver o comércio de armas proibido e, com isso, uma
diminuição da criminalidade”, disse o advogado.
Entretanto,
Ribeiro enfatizou que a lei em vigor independe do resultado do referendo, uma
vez que o registro de armas de fogo continuará com restrições severas e o porte
proibido para civis até que seja comprovada a extrema necessidade. “O comércio
de arma continua. Comprar uma arma e tê-la em casa, qualquer um pode fazer. O
que o Estatuto deixou mais difícil é portar arma. São duas coisas totalmente
distintas”, afirmou Ribeiro.
O
professor explicou que somente a Polícia Federal detém autoridade para definir
se a pessoa pode ou não portar uma arma e o registro requer uma taxa de R$ 300.
Depois que a pessoa faz o pedido, a Polícia Federal tem trinta dias para
concedêlo ou não. De três em três anos, o portador do registro deverá renová-lo,
devendo apresentar todos os documentos atualizados à Polícia Federal para nova
avaliação.
De
acordo com o artigo 5º do Estatuto do Desarmamento, o registro dá direito a
manter a arma apenas no domicílio do possuidor, não permite transportá-la.
“Para se locomover com a arma, a pessoa precisa demonstrar a necessidade. E
isso fica a critério da autoridade. Um exemplo é um indivíduo que trabalha no
comércio até tarde e precisa transportar valores e, por isso, pede o porte.
Então, as autoridades decidem se acham justo ou não”, disse Ribeiro. Quem
possui registro anterior a dezembro de 2003, tem até o final de 2006 para
renová-lo, desde que atenda aos requisitos previstos no estatuto.
Neste
ano, quando acontecem as eleições para presidente, governadores, senadores e
deputados federais e estaduais, cabe à sociedade civil cobrar dos candidatos
propostas para combater a violência, uma vez que no tocante ao Estatuto do
Desarmamento as questões foram encerradas com a votação do referendo.
De acordo com o Estatuto do
Desarmamento podem comprar arma e munição:
- pessoas com mais de 25 anos de idade que apresentem certidões negativas de antecedentes criminais e comprovante de residência;
- quem tem atestado de aptidão técnica e psicológica para o manuseio de arma de fogo;
- as pessoas que comprovem a necessidade de possuir uma arma. A pena prevista para o porte ilegal de arma de fogo é de dois a quatro anos de prisão.
Andar armado é proibido, a
não ser para as exceções previstas na lei:
- As Forças Armadas;
- Os órgãos policiais, incluindo agentes penitenciários;
- Os guardas municipais, respeitando os limites de habitantes de cada município;
- Moradores de áreas rurais que precisem de arma de fogo para caçar e, assim, alimentar a família;
- Categorias com leis específicas, como juízes, promotores, atletas praticantes de tiro.
PATRÕES SEGUEM IRREDUTÍVEIS E NÃO HÁ ACORDO SOBRE REGULAMENTAÇÃO DA LEI 12.740/12 NR 16
PATRÕES SEGUEM IRREDUTÍVEIS
E NÃO HÁ ACORDO SOBRE REGULAMENTAÇÃO DA LEI 12.740
Segue
sem acordo o debate sobre a Norma Regulamentadora (NR) nº 16. O debate para a
criação do texto para regulamentar a Lei 12.740/2012 continua empacado na
questão principal, que é a insistência dos patrões em excluir os vigilantes
desarmados. Além disso, insistem em defender a perícia e a exclusão de alguns
segmentos, como gestores de ensino e monitoramento eletrônico, além do
parcelamento em três vezes do restante dos 30% nos estados que ainda não
conseguiram o valor total.
Durante
a reunião do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) realizado nesta terça-feira
(13), no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, no Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) a bancada dos trabalhadores, coordenada pelo
presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura,
condenou a insistência dos patrões em excluir trabalhadores.
Eles
rechaçaram ainda a proposta de retirar direitos de quem atua sem armas, bem
como a necessidade de perícia e o parcelamento do pagamento. “Não há amparo na
lei para isso. Os empresários querem ir contra as convenções que eles mesmos
assinaram e assumiram que existe risco no exercício da profissão de vigilante”,
declarou Boaventura.
Nova
reunião ficou agendada para o dia três de setembro, às 10h. Até lá, é
fundamental que a categoria permaneça unida e cobrando posicionamento do MTE
contra os absurdos propostos pelos patrões.
Participam
da bancada representantes de trabalhadores indicados por quatro centrais
sindicais. Pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Boaventura e Ademir
Wiederkehr, secretário de Imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores
no Ramo Financeiro (ContrafCUT); pela União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela
Nova Central (NCST), Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes
no Estado do Rio de Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da
Federação dos Vigilantes do Estado de São Paulo.
PARANÁ
Os
vigilantes do Paraná não precisam esperar a regulamentação, todos sem distinção
de posto, armado ou desarmado, têm direito ao adicional de periculosidade, que
foi conquistado na última greve e está na Convenção Coletiva de Trabalho.
Fonte: CNTV
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