PATRÕES SEGUEM IRREDUTÍVEIS
E NÃO HÁ ACORDO SOBRE REGULAMENTAÇÃO DA LEI 12.740
Segue
sem acordo o debate sobre a Norma Regulamentadora (NR) nº 16. O debate para a
criação do texto para regulamentar a Lei 12.740/2012 continua empacado na
questão principal, que é a insistência dos patrões em excluir os vigilantes
desarmados. Além disso, insistem em defender a perícia e a exclusão de alguns
segmentos, como gestores de ensino e monitoramento eletrônico, além do
parcelamento em três vezes do restante dos 30% nos estados que ainda não
conseguiram o valor total.
Durante
a reunião do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) realizado nesta terça-feira
(13), no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador, no Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) a bancada dos trabalhadores, coordenada pelo
presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura,
condenou a insistência dos patrões em excluir trabalhadores.
Eles
rechaçaram ainda a proposta de retirar direitos de quem atua sem armas, bem
como a necessidade de perícia e o parcelamento do pagamento. “Não há amparo na
lei para isso. Os empresários querem ir contra as convenções que eles mesmos
assinaram e assumiram que existe risco no exercício da profissão de vigilante”,
declarou Boaventura.
Nova
reunião ficou agendada para o dia três de setembro, às 10h. Até lá, é
fundamental que a categoria permaneça unida e cobrando posicionamento do MTE
contra os absurdos propostos pelos patrões.
Participam
da bancada representantes de trabalhadores indicados por quatro centrais
sindicais. Pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Boaventura e Ademir
Wiederkehr, secretário de Imprensa da Confederação Nacional dos Trabalhadores
no Ramo Financeiro (ContrafCUT); pela União Geral dos Trabalhadores (UGT),
Adriano Linhares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis; pela
Nova Central (NCST), Fernando Bandeira, presidente da Federação dos Vigilantes
no Estado do Rio de Janeiro; e pela Força Sindical, Pedro Araújo, presidente da
Federação dos Vigilantes do Estado de São Paulo.
PARANÁ
Os
vigilantes do Paraná não precisam esperar a regulamentação, todos sem distinção
de posto, armado ou desarmado, têm direito ao adicional de periculosidade, que
foi conquistado na última greve e está na Convenção Coletiva de Trabalho.
Fonte: CNTV
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