INFORMAÇÃO
O coordenador-geral da Comissão de Assuntos para Segurança Privada (CCASP) da Polícia Federal, delegado Adelar Anderle, foi ouvido no dia 20 de maio em audiência pública da comissão especial de segurança privada da Câmara Federal presidida pelo deputado Filipe Pereira (PSC-RJ).Adelar apresentou a versão final do projeto, que ainda será enviado ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Além de vários deputados, a audiência foi acompanhada pelo secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura dos Santos, cerca de 100 dirigentes de sindicatos e federações de vigilantes de todos os estados do País.
INTEGRAÇÃO:
Segundo o delegado, o projeto '' busca trazer a segurança privada para junto da segurança pública''. Ele disse que '' estamos numa fase de reconhecimento da segurança privada, mas é preciso fazer a integração''.
Hoje existem 3,1 mil empresas de vigilância, 33,6 mil agências bancárias, 5,9 mil carros-fortes e cerca de 1,7 milhão de vigilantes cadastrados. Destes trabalhadores 38% são empregados pelo setor público, informou o coordenador-geral da CCASP.Adelar criticou o '' bico '' dos policiais.''Os Pms são mortos mais em folga que em serviço'', comparou, dizendo que 68% das mortes ocorrem quando os policiais estão fazendo o '' bico ''. Ele também atacou a informalidade, defendendo um cadastro nacional da segurança privada. Para ele, '' a clandestinidade é um princípio da máfia ''. A versão final do projeto enfatiza, segundo o delegado, que '' a segurança privada é complementar à segurança pública''. Ele explicou que '' a idéia é incorporar o vigilante à condição de polícia privada''.
QUESTIONAMENTOS
O relator da comissão especial, deputado Professor Sétimo (PMDB-MA), salientou a importância da segurança privada e defendeu ouvir o secretário nacional de segurança pública, do Ministério da Justiça, e representantes dos trabalhadores e das empresa, visando aprofundar o debate na sociedade.
'' Há avanços significativos no texto apresentado '', avaliouo deputado Eduardo Valverde ( PT-RO). Ele perguntou o delegado sobre '' a capacidade do projeto de gerar postos de trabalho''. Adelar respondeu que essa mudança não deverá reduzir empregos e sim abrir vagas, na medida que todo e qualquer transporte de valores seria realizado dessa forma.
NOVAS AUDIÊNCIAS
Após a audiência pública, foram aprovados vários requerimentos Valverde propôs ouvir diversas entidades sindicais e representativas, como a Contraf-CUT e a CNTV. O presidente da comissão ficou de realizar os agendamentos nos próximos dias. (Fonte: Contraf-CUT)
PONTOS DISCORDANTES
Para os representantes dos trabalhadores ainda existem muitos pontos discutíveis no projeto defendido pelo delegado da Polícia Federal, Adelar Anderle. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, esse projeto representa um retrocesso na história de luta dos trabalhadores, pois além de causar desemprego para os vigilantes do carro forte,precariza as condições de trabalho e de segurança destes profissionais.
Fonte: Jornal Malaqueta
Matéria publicada: http://segurancaprivadadobrasil.blogspot.com/
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