SEGURANÇA PRIVADA
Todo momento que um evento de grande impacto ocorre, surgem os questionamentos com foco na segurança, tais como: a empresa tinha uma boa segurança, as pessoas são bem treinadas, como isso pode ocorrer. São perguntas que logo surgem e que buscam um culpado, que muitas vezes é o gestor de segurança. Mas será que este profissional existe; se existe, será que foi ouvido; a empresa tem um plano de segurança. Neste artigo iremos abordar, de maneira sucinta, o plano de segurança para instituições de ensino.
Antes de abordarmos o plano de segurança, é importante passarmos pela definição de planejamento. Planejar é definir metas e os meios necessários para alcançá-las. Além disso, é um processo de tomar decisões e competência intelectual, é uma questão de atitude. O processo de planejar é composto de três passos: aquisição de entrada, processamento de dados e elaboração de plano. Cada um desses passos é um processo em si, envolvendo diagnóstico, avaliação de alternativas e escolha de um caminho. No primeiro passo devemos buscar informações sobre o presente, passado ou futuro dos ambientes externo (ameaças e oportunidades) e interno (pontos fortes e pontos fracos). Processamento de dados significa transformar informação para produzir novas informações e decisões. A transformação é feita por meio de: interpretação do significado das informações; identificação de alternativas para lidar com os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades e avaliação das alternativas e escolha do caminho. O último passo é a elaboração de planos. Em essência, um plano é o registro das decisões resultantes do processamento dos dados de entrada. De uma maneira geral, um plano apresenta no mínimo os seguintes pontos: metas; definição de meios para realizar as metas e previsão dos meios de controle. Estamos falando do ciclo PDCA (planejar, executar, controlar e agir corretivamente ou normatizar). Os planos podem ser classificados de diversas maneiras. Uma das formas mais comuns de classificação é o critério da permanência, que classifica os planos em temporários e permanentes. Os temporários extinguem-se quando as metas são alcançadas e contêm decisões não programadas. Os permanentes contêm as decisões programadas, que devem ser usadas em situações predefinidas (exemplo: política, plano preventivo de segurança, plano contingencial de segurança etc.). Para desenvolver o plano de segurança preventivo e contingencial para uma instituição de ensino é necessário que exista uma compreensão organizacional. Entender o negócio e as limitações para as ações de segurança, como a questão do controle de acesso e da cultura. Em relação ao controle de acesso, não podemos esquecer que, normalmente, existem locais nas instituições de ensino que são de acesso ao público (exemplo: área de alimentação), ou seja, não temos como controlar o acesso. No que se refere à cultura, não podemos esquecer que na maioria das instituições não existe cultura de segurança. Outros pontos importantes são a compreensão e identificação de: atratividade, vulnerabilidade, oportunidade e criticidade. Atratividade é o poder de atração que a instituição exerce sobre o criminoso, direcionando-o para a prática de um tipo específico de crime. Vulnerabilidade é a característica ou ponto fraco que a instituição possui que facilita a concretização de riscos. Oportunidade é o melhor momento para a ação. Criticidade é o estado do que é crítico, do que está em crise ou perigo, ou seja, como normalmente teremos várias atratividades, oportunidades e vulnerabilidades, iremos estabelecer prioridades de proteção no plano de segurança. O diagnóstico (ambiente externo e ambiente interno) da instituição tem que ser criterioso, pois ele fornecerá as informações necessárias para a análise de risco. A partir desta análise e tendo como referência o negócio deve ser desenvolvido com critério o planejamento: tático, técnico e operacional. No tático os subsistemas do sistema preventivo de segurança serão dimensionados. Os subsistemas mais importantes são: controle de acesso, CFTV, recursos humanos, barreiras físicas, comunicação, normas e procedimentos e iluminação. Todos os equipamentos e recursos tecnológicos utilizados nos diversos subsistemas serão especificados no planejamento técnico. E no operacional, serão estabelecidos as normas e procedimentos. A gestão de recursos humanos é outro ponto importante, pois o recrutamento, seleção, acompanhamento, treinamento e demissão são processos muitos importantes para o sucesso empresarial e também para o sistema de segurança. Também importante, principalmente na instituição de ensino superior, é que os alunos possuam carteira de identificação e os veículos possuam identificação visível. Nos planos preventivo e contingencial de segurança não podemos deixar de considerar a população fixa e flutuante. A quantidade de alunos, professores e visitantes varia muito nos turnos (matutino vespertino e noturno). Normalmente a equipe administrativa é reduzida. Esta realidade deve ser considerada, principalmente no plano contingencial, nas ações de evacuação e estruturação das equipes de continuidade operacional e de emergência. Outra dificuldade encontrada em relação ao plano contingencial é a implementação de simulação, pois não temos no Brasil esta cultura. Nos Estados Unidos, deste a escola primária, a simulação de evacuação faz parte da rotina. Segurança é coisa séria e necessidade básica, conforme estabelece Maslow na sua pirâmide de necessidades. Apesar de ser atividade complementar (meio), é importante para o sucesso empresarial. Para alcançar suas metas o sistema de segurança precisa ter um planejamento muito bem estruturado e constantemente atualizado. A sua gestão tem que ser estratégica, mas este é assunto para outro artigo. Sucesso.
Autor: Nino Ricardo Meirelles É especialista em consultoria e gestão e recursos humanos. nrmconsult@hotmail.com
Fonte: www.portaldaseguranca.com.br
como faço para compra um distintivo e carteira para vigilante? mandem resposta para o meu email alcivanviolinista@hotmail.com
ResponderExcluir