Assustados com a onda de violência que assola o bairro Residencial Nardini, em Americana (SP), os moradores do local - cuja maioria das famílias são das classes média e alta - apelaram para a contratação de uma empresa privada de segurança. O serviço, prestado desde outubro, foi intensificado após o sequestro de uma empresária que reside no bairro, ocorrido há 19 dias. A empresa escolta os moradores 24 horas por dia e custa, em média, R$ 160 mensais para cada morador. Hoje são 480 residências vigiadas por 14 homens que se revezam em turnos diários e noturnos pelas ruas do bairro. Três carros são utilizados pela empresa que, até o mês passado, usava apenas um carro. Três moradores ouvidos pela reportagem na semana do Natal já foram assaltados em 2009. Outros dois sabem com detalhes de roubos a residência sofridos por vizinhos. “Já fui assaltado duas vezes. Uma este ano e outra em 2007. Em uma das oportunidades, os marginais entraram em minha casa e, além de roubar dinheiro, joias e eletroeletrônicos, relataram com detalhes o cotidiano da minha família. Isso assusta”, afirmou um morador. Outra moradora, que recebeu a reportagem antes do Natal, contou que nunca foi assaltada, mas que pelo menos quatro vizinhos já tinham passado pela experiência. “Aqui é um horror. Entraram na casa do meu vizinho e os bandidos eram profissionais. Sabiam distinguir materiais originais de falsos e ainda falaram nome por nome de toda a vizinhança”, disse. De acordo com ela, os moradores precisavam tomar alguma atitude em relação à questão e por isso ela também aderiu à segurança privada. O proprietário da empresa responsável pela segurança do bairro, Edson Reis, disse que construirá uma base no local. “No mês que vem já estará pronta nossa central. De lá faremos as escoltas de moradores e também o monitoramento de vídeo de cada casa”, explicou. De acordo com ele, o serviço foi contratado pelos moradores em função da credibilidade da empresa. “Já realizamos o mesmo trabalho na Cidade Universitária da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Não posso garantir 100% de segurança, mas todos os moradores que requisitam nossa escolta, tanto na saída de casa quanto na chegada em casa, nunca mais foram abordados”, relatou.
Fonte: Jornal Todo Dia - Campinas - SP
Matéria publicada: segurancaprivadadobrasil.blogspot.com
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