CRISE E SEGURANÇA
A segurança continua a ser problema fundamental da sociedade, dos poderes públicos e privados. Inúmeros riscos, ameaças contínuas como calamidades, tumultos, incêndios e, notoriamente, crimes, colocam em perigo latente a vida e o patrimônio. Portanto, risco (crise) é o oposto de segurança.
O risco de características sociais, particularmente aqueles que envolvem causadores e vítimas, seja de forma culposa (acidente) ou dolosa (crime), são os que mais atingem a segurança.
Segurança que, independentemente de ser pública ou privada, segue uma doutrina de segurança e risco, na busca racional e eficiente para gerenciar eventos críticos, desenvolvidos e complementados nas atividades do dia-a-dia.
SEGURANÇA PÚBLICA O PAPEL DA POLÍCIA
A segurança privada fundamenta-se, essencialmente na instituição de sistemas de segurança integrado (recursos humanos e tecnologia), com o escopo de inibir e impedir a ocorrência de evento crítico.
A operação baseia-se na prevenção, isto é, na ação anteriormente planejada e preparada de dar uma resposta adequada ao nível de ameaça, particularmente com justificativas técnicas embasadas em análise de risco, perdas potenciais que poderão ocorrer, a credibilidade da estrutura de segurança e as medidas que elevam o nível desta segurança.
Prevenção que se estrutura com vistas à provável repressão, ou seja, reagir para impedir a consumação da ação, quando, não tendo sido evitada ou dissuadida estiver em fase de consumação.
Prevenção sempre e repressão quando necessárias são fases distintas, interdependentes, em que a primeira depende diretamente da segunda. Quanto mais um sistema de segurança tiver condições de reagir, menos necessidade terá de fazê-lo, eis que a simples ação preventiva, que a antecede, por si só é inibidora. Isto se deve pela capacidade desde a fase de prevenção.
O sistema de segurança deve ter a finalidade de garantir o patrimônio e a vida de terceiros, o que exige ter particularmente condições de garantir a segurança dos integrantes do próprio sistema.
A segurança privada deve complementar o poder de polícia na proteção de vidas e patrimônio de alto risco. Se isso acontecer, a sociedade pode ter uma resposta objetiva a um problema de características privadas, mas que interfere diretamente na segurança pública. E as empresas privadas poderão dar uma contribuição importante no controle da segurança pública, fazendo sua parte e impedindo que as oportunidades de crise apareçam.
CRISE E SEGURANÇA
O exercício da segurança pública e da segurança privada exige por parte de seus integrantes e partícipes a plena conscientização da necessidade de uma doutrina de segurança e risco, de um ambiente mais organizado e de ferramentas adequadas.
Neste contexto, desde o cidadão, responsável pela sua própria segurança, a organização policial, responsável pela segurança e os responsáveis pela segurança privada, tem o dever de conhecer e avaliar os riscos prováveis que o cercam, a fim de evitá-los, de preveni-los e de inibi-los.
Cabe, portanto, primordialmente a cada envolvido no processo, de forma isolada e conjugado esforços, estar devidamente motivado e preparado para cumprir o seu papel de forma pontual e determinante. Exercer esta capacitação gerenciadora de riscos nada mais é do que cumprir com o dever elementar de garantir a vida e preservar o patrimônio.
Os esforços e investimentos em segurança ainda são subestimados, contudo, é imperioso mudar este cenário para se ter diretrizes, procedimentos e medidas claras, objetivas e adequadas para extrair os melhores resultados, gerenciando crises em segurança.
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Autor: Cap.Wanderley Mascarenhas – Especialista em gerenciamento de crises e negociação, Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Fonte: Revista SECURITY
Publicado: http://segurancaprivadadobrasil.blogspot.com/
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