Com o aumento gritante da violência, situações esdrúxulas começam a ser vistas. No município de Londrina estado do Paraná – Brasil está se tornando comum populares cercarem o “ladrão” e tentarem fazer justiça com as próprias mãos. Outro dado indicativo de que a população está cativo de que a população está cansada de ser vítima é o número de pessoas que se preocuparam em participar do recadastramento de armas, cerca de 4 milhões em todo País, das quais 4.569 em Londrina, de acordo com dados da Polícia Federal.
Em dezembro terminou o prazo de recadastramento de armas no Brasil e quem for pego com uma arma não legalizada será preso sem direito a fiança e pode pegar até três anos de reclusão. Para Bené Barbosa, presidente do Movimento Viva Brasil – organização não governamental que defende o direito ao porte e a posse de armas , esse empenho no desarmamento é um desreipeito ao referendo de 2005, quando 63% da população optou pelo desejo de manter o direito de ter uma arma em casa. Confira a seguir mais detalhes da entrevista para o jornal Gazeta do Povo.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
Por que o Movimento Viva Brasil é favorável ao porte de arma?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:Temos duas coisas diferentes. Uma é a posse de arma e outra é o porte de arma. A posse é o direito de ter essa arma na sua casa, mas não não de andar com ela. O porte é a autorização que a a Polícia Federal dá para a pessoa andar armada nas ruas. A gente acha que o cidadão deve ter direito ao porte, mas de uma forma mais restrita. Não como é hoje, em que é praticamente impossível o cidadão comum tirar o seu porte de arma.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
Faltou divulgação sobre o recadastramento das armas?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde: Faltou muita divulgação por parte do Ministério da Justiça. O governo federal gastou uma verba enorme, quase r$ 8 milhões, mas fez uma divulgação muito voltada para que a pessoa entregasse a sua arma e com isso conseguiu fazer o recadastramento de 500 mil armas. Quando a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM), junto com a Polícia Federal, apoiada pelo Movimento Viva Brasil, assumiu essa campanha, em seis meses foram mais de 4 milhões de recadastramentos.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
O que mudou exatamente a partir de dezembro?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde: Até 2003 quem fazia os registros das armas eram as secretarias de Segurança Pública dos Estados. Esse registro passou a não valer mais. Qualquer pessoa que tenha uma arma de fogo e apresenta essa arma com o registro antigo, vai ser presa por posse ilegal de arma de fogo e vai pegar de um a três anos de prisão.
Barbosa disse que o hoje “comprar uma arma de fogo hoje é extremamente difícil, a pessoa leva em média oito meses para conseguir e querem piorar isso ainda mais.” Hoje é praticamente impossível tirar o porte.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
Quem pode comprar uma arma?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Qualquer cidadão brasileiro que não tenha antecedentes criminais e passe pelo crivo da lei, que é bastante complexo. Você tem que entregar uma série de certidões, (fazer) teste psicológico, teste de tiro para provar aptidão para saber se sabe utilizar a arma e pagar as taxas, vale lembrar que todos os profissionais de segurança privada não pagam essas taxas, ver mais na matéria publicada com o título COMISSÃO AUTORIZA VIGILANTE A COMPRAR ARMA PARA USO PARTICULAR.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
E em relação ao porte, o que mais é exigido?
Movimento Viva Brasil -Bené Barbosa – Responde:
Para o porte é essa mesma documentação com uma diferença. A Polícia Federal tem poder discricionário, ou seja, o delegado decide se vai ou não o porte.
Repórter Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
A polícia recomenda não reagir em assaltos. A posse de arma não é um incentivo a esse tipo de reação?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Eu acho que quem tem uma arma de fogo pretende ou tem a idéia de, se necessário, reagir.Na realidade, essa questão de não reagir era muito válida há 20 anos, quando a criminalidade era muito menos violenta do que é hoje. A certeza de que você sairia vivo em um assalto, desde que você não expressasse nenhum tipo de reação, era verdade. Hoje isso não é mais. Vemos assaltantes matando pelo simples prazer de matar, sem maiores conseqüências quanto a isso.
Hoje, dizer”não reaja” não quer dizer que a pessoa vai sair viva. Outro problema que as pessoas confundem é a reação não armada. Aí realmente a chance dela vai ser muito pequena. Muitas vezes a reação não precisa ser com um disparo. A simples presença da arma ou um disparo de advertência faz o criminoso fugir, a pessoa não chama a polícia e isso acaba passando a imagem de que não é possível reagir. É possível sim, desde que você tenha preparo, tenha conhecimento do uso da arma de fogo.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
Ter uma arma em casa e não saber usar é pior do que não ter, correto?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Exatamente. A arma não é tão difícil de utilizar quanto se imagina, principalmente um revólver, mas é preciso um curso básico e isso já é inclusive exigido por lei.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
O fato de a campanha do desarmamento pedir para a população entregar as armas pode ter deixado os bandidos mais confiantes?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Eu não tenho a menor dúvida quanto a isso, tanto é que você começa a perceber um aumento bastante grande na invasão de residências. Estão havendo muitos casos em que o bandido está armado só com uma faca, às vezes nem estão armados.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
Outro argumento favorável ao desarmamento é a suposta redução dos crimes passionais ou homicídios decorrentes de brigas de trânsito. O senhor concorda com isso?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Não. Na década de 1990, na cidade de Curitiba – Paraná – Brasil, havia 40 mil portes de arma expedidos pelo Estado. Em dez anos, só quatro portes foram cancelados porque houve algum tipo de problema. Desses quatro, só um foi realmente um crime passional. Isso demonstra que realmente é exceção. E via de regra, quando realmente o caso é passional, não importa se a pessoa tem uma arma, ele acaba usando uma faca ou qualquer outro meio.
Repórter da Gazeta do Povo – Érika Gonçalves – Pergunta:
O referendo optou pelo direito à arma. Essas medidas representam desrespeito à vontade popular?
Movimento Viva Brasil - Bené Barbosa – Responde:
Sim, a gente tem notado diariamente, pelas campanhas do Ministério da Justiça, pelo próprio governo federal, que há um desrespeito a essa questão. No tão criticado Plano Nacional de Direitos Humanos existe um trecho que determina que o governo deve “implementar políticas de restrição de armas de segurança.” Comprar uma arma de fogo hoje é extremamente difícil, burocrático, a pessoa leva em média oito meses para conseguir comprar um simples revólver legalizado e eles querem piorar isso ainda mais.
O Governo desrespeita vontade popular mostrada no referendo.
Aproveite e veja mais matérias no blog com os seguintes títulos: Comissão autoriza Vigilante a compra arma para uso particular / Vigilantes poderão direito a porte de arma fora do expediente / Como surgiu e por que o Estatuto do Desarmamento / Desarmamento não gera Segurança / Arma de Fogo Desmuniciada / Perigo Abstrato ou Concreto / Aprovada a redução para as exigências para o porte de arma / Policial e Militar deve ser proibido de ter arma particular / Principais fornecedores de armas ilegais estão na Bolívia e Paraguai / Participe das enquetes do blog, sua participação é muito importante.
Frase Pessoal:
"NÓS PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA PRIVADA NÃO QUEREMOS SER QUALIFICADOS, E SIM OS MELHORES"
Fonte: Gazeta do Povo – repórter: Érika Gonçalves.
Matéria publicada: http://segurancaprivadadobrasil.blogspot.com/ / SEGURANÇA PRIVADA DO BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário