"NÓS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA, NÃO QUEREMOS SER QUALIFICADOS E SIM OS MELHORES"

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

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31 de mai. de 2011

GUARDAS MUNICIPAIS PARAM DE ATENDER OCORRÊNCIAS POLICIAIS

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GUARDA MUNICIPAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA É PRESO POR PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO.


                                                                   NOTÍCIAS

Um guarda municipal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana da Curitiba, foi preso na tarde de sexta-feira (6), por um policial militar, porque estava com uma arma de fogo. Foi por volta das 14h (saiu da delegacia por volta das 19h). Guardas não podem andar armados fora do horário de trabalho, porém, um deles, ouvido pelo G1, e que prefere não se identificar, disse que autorização de levar as armas para casa foi dada pelo Comando.
O convênio entre a Guarda e a Polícia Federal não prevê o porte fora do horário de trabalho. Porém, em um contrato verbal, diz o entrevistado, os agentes foram autorizados a ir para casa com as armas. "Se acontece um acidente de trânsito, por exemplo, no caminho entre minha casa e o trabalho, é considerado acidente de trabalho. Então, pela mesma lógica, nós [guardas] quisemos o porte nesse trajeto e o Comando autorizou". O contrato verbal se consolidou em documento na tarde de sexta, depois da prisão.
G1 teve acesso à redação: "Ficam os Guardas Municipais de São José dos Pinhais autorizados, a partir da presente data, a portar a arma de fogo a si consignada pela instituição, fora de seu turno de serviço, exclusivamente no trajeto de ida e volta da residência ao trabalho;"
Mas, no episódio da prisão, o guarda estava de folga. "A versão dele é que estava passando quando viu um acidente de carro. Mesmo de folga, antes da chegada da guarda, passou a orientar o trânsito. Um homem quis furar a fila que se formou, porque o guarda não estava identificado. Eles discutiram. Quando a polícia militar chegou, encaminhou o guarda para a delegacia, porque o homem alegou ter sido ameaçado. (...) Um sargento da PM deu voz de prisão ao guarda por porte ilegal de arma de fogo."
Há cerca de um mês, sob pressão, diz, o secretário Marcelo Jugend autorizou que as armas fossem levadas para casa, mesmo com a orientação contrária da Corregedoria. Foi depois de uma "greve branca", em que os guardas decidiram cumprir rigorosamente o texto da Constituição, deixando de atender ocorrências policiais. Na noite de sexta eles retomaram a manifestação, no que se chama "Operação Constituição".
“O que aconteceu nesta sexta-feira (6) abriu nova discussão sobre o assunto. Até que ponto a Guarda deve mesmo trabalhar como polícia, se não tem respaldo legal para manter com dignidade a integridade física fora do trabalho?”
O coordenador da Guarda Municipal, Luiz Albini, informou, na manhã deste sábado, que um pronunciamento oficial será dado na próxima segunda-feira (9), porque o Comando decide sobre o assunto.
Fonte: www.g1.com/parana/noticia

18 de mai. de 2011

CAMPANHA DE DESARMAMENTO FRACASSA EM TODO O PAÍS

                                                                        
                                                                      NOTÍCIAS 

Olá guerreiros leiam abaixo o texto que trata sobre o fracasso da Campanha de Desarmamento. Para obtermos o sucesso desejado, é preciso que o Governo deixe de hipocrisia e lance uma campanha para desarmar os bandidos, pois somente neste caso teremos a redução da criminalidade.
Para ONG, fracasso da campanha de desarmamento era esperado.
Ao contrário do que ocorreu em sua primeira edição, a nova campanha de desarmamento do Ministério da Justiça sequer vem ocupando a mídia nacional, refletindo, até agora, um verdadeiro fracasso no recolhimento de armas, com números muito baixos de adesão. Até o momento, mais de dez dias após seu lançamento, apenas cerca de 240 armas foram entregues, das quais boa parte de empresas que desativaram serviços de segurança, a exemplo da CEASA/RJ, que entregou de uma só vez 77 armas.
 Para especialistas em segurança pública, o fracasso da campanha era esperado. Bene Barbosa, presidente da ONG Movimento Viva Brasil, destacada defensora do direito à posse legal de armas, atribui o fato à comprovação da ineficiência deste tipo de desarmamento para o combate à criminalidade. “Na última década, segundo dados oficiais, a rigidez da legislação brasileira reduziu a venda de armas em 90% e, no entanto, os homicídios e a criminalidade em geral continuam crescendo assustadoramente no país. A população já percebeu que campanhas desse tipo não retiram de circulação a arma do criminoso”, garante Barbosa.
 Outro fato analisado pelos especialistas é o de que as pessoas que poderiam ser convencidas a entregar armas em tais campanhas já o fizeram. O pesquisador em segurança pública Fabricio Rebelo, que coordena o Movimento Viva Brasil no Nordeste, acredita que a repetição da campanha é um equívoco. “Em 2005, com maciço apoio da mídia e sob o calor do referendo, a campanha de desarmamento arrecadou 500 mil armas, com a promessa de que isso reduziria a criminalidade. Três anos depois, os homicídios no país haviam saltado de 47.578 para 50.113 ao ano, o que gerou o descrédito na campanha de 2008, na qual não se arrecadou 10% das armas recolhidas em 2005. Repetir a campanha com a criminalidade crescendo é investir no fracasso”, afirma Rebelo.
 Ainda na opinião do pesquisador, ao invés de se gastar 10 milhões de reais numa campanha infrutífera, seria muito mais eficaz o investimento deste valor no controle de fronteiras. “Na audiência pública sobre o controle de armas, realizada no final de abril pela Câmara dos Deputados, foi comprovado o dado de que 77% das armas apreendidas com os narco traficantes do Rio de Janeiro vinham de fora do país. É no combate a esse comércio ilegal que se precisa investir, pois são essas as armas que põem em risco a sociedade”, conclui.
Ver mais matéria sobre o assunto em "Menos armas, mais crimes" e "Como surgiu e por que o desarmamento."

Matéria: Equipesuperinformativo.
Fonte: www.superinformativo.com.br

16 de mai. de 2011

A FAMOSA SAIDINHA DE BANCO MATOU 12 PESSOAS EM 2010



                                                             INFORMAÇÃO DE UTILIDADE

Só em 2010 aconteceram ao menos 23 mortes envolvendo assaltos a bancos em todo o Brasil, sendo que oito vítimas eram vigilantes. Das mortes, 12 foram em saidinhas de banco, sendo duas no estado do Paraná – Brasil.São quase duas mortes por mês, comprovando o descaso e a escassez de investimentos dos bancos em medidas de prevenção.
Na cidade de Curitiba – Brasil, aconteceram dois casos violentos de saidinha noticiados pela imprensa no ano passado, em um deles a vítima morreu. O primeiro foi em 4 de maio de 2010, no bairro Tarumã – Curitiba – Brasil, quando um cabo do exército brasileiro foi baleado no estacionamento do Banco Itaú na Avenida Victor Ferreira do Amaral.
O outro ocorreu em 18 de outubro 2010. Um empresário foi baleado na cabeça, instantes depois de ter sacado sua aposentadoria na mesma  agência do Banco Itaú, no Tarumã – Curitiba – Brasil .Ele foi seguido até o bairro Cristo Rei – Curitiba – Brasil, onde foi baleado. Não chegou a falecer, mas, até o momento encontra-se em estado vegetativo. O banco onde a vítima sacou o dinheiro não era equipado com câmeras de segurança.
A segunda morte registrada no estado ocorreu na cidade de Londrina  estado do Paraná – Brasil, no dia 16 de junho de 2010. Um cliente foi baleado na saída de uma agência do Banco Itaú.

Dados oficiais
Não há estatísticas oficiais do número de ocorrências dessa modalidade de crime no país. Na cidade de Curitiba – Paraná – Brasil segundo informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região em 2008 a DFR – Delegacia de Furtos e Roubos divulgava que a média de assaltos em Curitiba na saída de agências era de 6 a 7 por dia. De acordo com o Sindicato dos Bancários, as regiões mais críticas são as do centro da capital de Curitiba – Paraná – Brasil e do bairro Alto da XV.
Na cidade de São Paulo – Brasil, as delegacias registraram casos todos os dias assaltos nas saídas dos bancos. Os bandidos geralmente estão em dupla, abordam a vítima e usam a moto para fugir. Na cidade de Minas Gerais – Brasil dados da Polícia Militar informam a ocorrência de ao menos 70 casos por mês no estado todo.

DICAS DE COMO SE PROTEGER
  1. Evite retirar dinheiro em dias de pagamento como dia ( 05,10 ou 20 de cada mês )
  2. Evite criar uma rotina. Não freqüente a agência bancária sempre nos mesmos horários.
  3. Evite sacar quantias em dinheiro. Prefira utilizar opções como as transferências bancárias ( DOC e TED ) e pagamentos eletrônicos.
  4. Caso seja realmente necessário sacar, escolha agências em locais movimentados, dentro de shoppings ou hipermercados, por exemplo.
  5. Antes de sacar, observe o ambiente. Se avistar alguém suspeito nos arredores ou dentro da agência, desista e avise a Policia Militar ou Polícia local de seu estado ou país.
  6. Caso esteja surpreendido pelo criminoso, não reaja, entregue o dinheiro, entre em contato com a Polícia e dirija-se à delegacia mais próxima para registrar um BO – Boletim de Ocorrência. 
Veja alguns dos municípios do Brasil que já tomaram medidas próprias.

Medidas Paliativas

  • Curitiba (PR)
Desde setembro de 2010, através de um Lei municipal clientes são obrigados a desligar o aparelho celular antes de entrar em agências bancárias bem coma a utilização de biombos ou divisórias para impedir a visão dos caixas caso insista o gerente poderá acionar a polícia para tomar as devidas providências.

  • São Paulo (SP)
Três projetos de Lei que propõem a proibição do uso de aparelho celulares em agências bancárias ainda tramitam na Câmara de Vereadores.

  • Rio de Janeiro (RJ)
Em outubro de 2010 foi aprovada Lei estadual que proíbe o uso de aparelho celulares dentro de agências bancárias.

  • Belo Horizonte ( MG)
Em julho de 2011 começa a valer a Lei que proíbe o uso de aparelho celulares em agências bancárias e determina a instalação de divisórias ou biombos em frente aos caixas.

  • Belém (PA)
      Em agosto de 2010 foi aprovada a Lei que obriga as agências bancárias da capital paraense a instalar       biombos ou divisórias para impedir a visão dos caixas.



  • João Pessoa (PB)
      Desde dezembro de 2010, a utilização de aparelho celulares está proibida dentro das    agências bancárias.



Essas medidas paliativas de uso de aparelho celular dentro de agências e a utilização de biombos ou divisórias dificulta a ação dos marginais, no caso da proibição do aparelho celular  dentro das agências  o marginal não tem como se comunicar com os outros marginais que estão do lado de fora da agência  para passar maiores detalhes do cliente, na questão das divisórias ou biombos essa  dificulta o marginal de ter uma visão de quanto o cliente está sacando na boca do  caixa, essa medidas que parece tão simples  são de extrema necessidade para nossa dia a dia fazendo com que possamos impedir cada vez mais a ação dos  marginais,  o restante fica por conta das autoridades policiais,  lembrando não se esqueça de registrar o famoso  BO - Boletim de Ocorrência na delegacia mais próxima que  é muito importante para que os policiais   possam fazer um mapa de onde estão ocorrendo maiores registros do roubo e assim possam  prender os marginais em flagrante delito.

15 de mai. de 2011

VEJA ONDE SURGIU A PRIMEIRA EMPRESA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E FORMAÇÃO DE VIGILANTES NO BRASIL !

                                                            SEGURANÇA PRIVADA
 Era final da década de 1920 em São Paulo. Uma época em que ainda se escrevia empreza, com “z”.
O empresário Julio Kuperman, então proprietário de uma loja de chapéus na Rua Santa Efigênia, voltava de uma viagem aos Estados Unidos trazendo na mala uma idéia revolucionária: a prestação de serviços “sob empreitada”.
Esta era a forma mais adequada, na época, de definir o que conhecemos como terceirização. Nascia assim, em 1927, a Empresa Limpadora Paulista, hoje conhecida apenas como Paulista – a primeira prestadora de serviços do Brasil.
Seus primeiros clientes foram "escritórios, igrejas e apartamentos" da capital paulistana. Entre os destaques, estava o Edifício Martinelli – na época, o mais alto arranha-céu da América Latina, e que ainda hoje é atendido pela empresa e Grupo GTP.
Com a grande demanda de prestação de serviços a vigilância foi crescendo até que então a empresa GTP pioneira no serviço de terceirização de serviços passou à formação a empresa EMFORVIGIL uma das acionistas do grupo GTP.
1988 - A EMFORVIGIL iniciou suas atividades, com o objetivo de atender às necessidades de suas acionistas (11 empresas de segurança e vigilância de São Paulo) na formação e reciclagem de vigilantes, em cumprimento às exigências da lei 7.102/83 e suas regulamentações.
Desde o inicio de suas atividades e até o final de 1991, a EMFORVIGIL atendia, basicamente, as empresas acionistas e mais alguns poucos clientes que com ela mantinham contratos de prestação de serviços.
1992 - A partir de meados desse ano, alterando sua linha de atuação, a EMFORVIGIL abriu-se para o mercado, passando a atender a muitas outras empresas de vigilância, empresas com segurança orgânica e também particular. Adotando um processo de crescimento gradual e sustentado, transformou-se rapidamente na maior empresa de formação e treinamento de profissionais de segurança do Brasil.
1994 - Com destacada posição no mercado e percebendo a necessidade de aprimorar seus procedimentos internos de administração e de atendimento ao cliente, a EMFORVIGIL optou por implantar seu sistema de qualidade, diferenciando-se da concorrência no mercado de segurança privada.
Começou a preparar-se para ter um sistema de qualidade, adequando seus procedimentos às normas ISO 9000.
1995 - Após longos meses de treinamento e adaptação, a EMFORVIGIL logrou conquistar a ISO 9002, concedida pelo BVQI - Bureau Veritas Quality International, tornando-se a primeira empresa de treinamento e formação de pessoal para serviços de segurança a receber tal certificação, em toda a América Latina.
A certificação de seu sistema de qualidade fez a EMFORVIGIL crescer ainda mais, aumentando sua participação no mercado e solidificando sua posição de líder.
1997 - Vislumbrando o crescimento do mercado de segurança privada no Brasil, a EMFORVIGIL adquiriu e executou obras de adaptação em um edifício, com mais de 3.000 m2 de área construída, para sediar a empresa, melhorando as condições de atendimento a seus públicos interno e externo.
1998 - Entre o final deste ano e o inicio de 1999, a EMFORVIGIL transferiu-se para sua sede própria, localizada no hospitaleiro bairro do Bom Retiro, bem próximo ao centro da cidade de São Paulo.
2007 - A EMFORVIGIL continua sua trajetória de sucesso, mantendo sua posição de liderança no segmento de cursos de segurança. Conta atualmente, com mais de 400 empresas, entre as maiores e mais conceituadas no país. 
Seu maior patrimônio, contudo, está representado por seus alunos, funcionários e prestadores de serviço: mais de 250.000 alunos formados e reciclados em seus 16 anos de existência!


FONTE: www.grupogtp.com.br
              www.emforvigil.com.br

14 de mai. de 2011

SEGURO DE VIDA



                                                              DIREITO E JUSTIÇA 

É sabido que os vigilantes têm direito a indenização ou seguro de vida em caso de morte e invalidez, conforme estabelece a cláusula 17 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a Lei 7.102/83. No entanto, muitas vezes tal benefício deixa os trabalhadores em dúvida, portanto cabe aqui fazer alguns esclarecimentos. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados, em sua Resolução nº 05/89, dispõe que o vigilante terá direito a indenização de 54 vezes a sua remuneração mensal no caso de invalidez permanente, parcial ou total, por acidente de trabalho.Seus beneficiários têm direito a 26 vezes a remuneração mensal do vigilante em caso de morte deste por qualquer causa.
É importante esclarecer que a indenização por invalidez permanente, parcial ou total só será paga ao vigilante quando esta enfermidade decorrer de acidente de trabalho ou doença ocupacional, ou seja, invalidez por doença comum ou preexistente não geram indenização.
Caso o vigilante esteja afastado pelo INSS por motivo de acidente ou doença do trabalho ou venha a falecer, será considerada para fins de pagamento a remuneração mensal que lhe seria atribuída se estivesse em atividade, excluindo-se as horas extras.
Cabe ressaltar que o seguro de vida é pessoal e somente será recebido pelos seus beneficiários quando o vigilante falecer e não em caso de falecimento de esposa, de filho ou de pais.
Ainda, vale lembrar que os caso de suicídio não geram indenização por morte, portanto, caso o vigilante venha a se suicidar seus beneficiários não terão direito ao seguro.
Também é importante ressaltar que na falta de nomeação de beneficiários na apólice de seguro prevalecerá o disposto em lei, cabendo o direito ao seguro de vida aos descendentes, ascendentes ou cônjuge. Ainda, o beneficiário deverá requerer ao empregador que este comunique o falecimento do empregado a seguradora.

Autor: Amanda Maister advogada sob p nº 50.715 OAB/PR é assessora jurídica da Federação dos Vigilantes do Paraná.
Fonte: Revista Vigilante em Foco edição 05 abril 2011.

O QUE VOCÊ DEIXA DE GANHAR COM O PAGAMENTO “POR FORA”.


                                                             DIREITO E JUSTIÇA

O pagamento “por fora” é uma prática contrária à lei porque retiram do empregado os reflexos da diferença remuneratória paga e não declara pelo empregador, reduzindo também a base de cálculo para os recolhimentos previdenciários.
Em termos práticos, o que o empregado deixa de receber? Para responder a essa questão é preciso ter em mente que legislação vigente considera o total da remuneração declarada – ou seja, o salário recebido em dinheiro ou utilidades somado a todas as demais verbas pagas com habitualidade pelo empregador – para efetuar o cálculo dos adicionais (hora extra), 13º salário e FGTS sem haver prejuízo das contribuições previdenciárias a que tiver direito.
Sendo assim, a partir do momento em que o empregador declara determinado valor a título de remuneração ao seu funcionário, sobre este deverá incidir o cálculo de todas as demais verbas menor do que realmente pagou, o empregador deixará de recolher corretamente os reflexos salariais que são assegurados por lei ou por convenção coletiva de trabalho do seu funcionário.
Ainda que haja a momentânea e ilusória sensação de obtenção de vantagem em receber pagamento “por fora”, na prática, ao deixar de receber os reflexos dessa diferença, reduzirá os valores referentes ao pagamento de DSR, adicionais previstos, férias, 13º salário, FGTS, com a conseqüente redução do valor referente às contribuições previdenciárias devidas ao empregado. Em outras palavras, diminuem-se os impactos econômicos da remuneração para o empregador e há um evidente prejuízo dos direitos trabalhistas do empregado.
É importante comentar também que em situações como esta mesmo face da adoção do princípio da primazia da realidade pela Justiça do Trabalho, para que se consiga resultado favorável ao trabalhador em eventual demanda judicial contra o empregador, será indispensável provar perante a Justiça a realização de tal forma de pagamento. Ocorre que em decorrência de questões processuais essa prova deverá ser produzida pelo trabalhador, ou seja, caberá a ele comprovar o recebimento dos valores pagos “por fora”, o que normalmente se faz por intermédio de testemunhas ou documentos.
Na prática, sabe-se que é difícil esse tipo de comprovação, pois as empresas dificilmente efetuam os tais pagamentos “por fora” com emissão de recibo ou na presença de terceiros, reduzindo as chances do trabalhador de comprová-la.
Portanto, não restam dúvidas de que o pagamento “por fora” é uma prática fraudulenta que visa beneficiar ao empregador e não ao trabalhador, razão pela qual deve ser combatida por todos. Vale lembrar ainda, que na maioria das vezes, os trabalhadores se submetem a essa prática de pagamento por desconhecimento dos desdobramentos jurídicos prejudiciais ao contrato individual de trabalho ou, ainda, por razões econômicas associadas à ilusória sensação de vantagem financeira.

Autor: Verônica Calado Advogada OAB/PR sob o nº. 55.215 e assessora jurídica do SindiVigilantes de Curitiba e Região.
Fonte: Revista Vigilante em Foco edição IV abril 2011

2 de mai. de 2011

AS RUAS QUE FAZEM BARULHO.



                                                       INFORMAÇÃO
José Francisco Perei­ra, no loteamento Rio Bonito, Tatuquara; e a Luís Kulla, no Santo Inácio, são vias públicas com algo em comum. Hoje, além dos nomes de “batismo”, também são conhecidas como “ruas da sirene”. Mo­­tivados pela insegurança, moradores resolveram instalar equipamentos sonoros em locais estratégicos. É unânime entre eles a eficácia do dispositivo, aliado, em al­­guns casos, às câmeras de vigilância. Resta am alguns casos a mobilização das comunidades, sem a qual o sistema pode não passar de uma substituição da polícia pela população.

A primeira rua a receber as sirenes foi a Neuza de Fátima Ferreira, no Pinheirinho, em 2008. Na ocasião, 36 moradores aderiram às tra­­quitanas. Atualmente, 60 residências dispõem dos equipamentos.
Sinal de alerta
O estado ausente
Para o sociólogo Lindomar Bonetti, da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), a busca por alternativas na segurança de uma comunidade significa um sintoma claro de que o estado não consegue cumprir seu papel. “É preocupante a instituição de uma organização social paralela”, garante o especialista. Em contrapartida, reforça, quando se fala em busca coletiva de uma solução, com a presença e respaldo do estado, há indícios de que estão sendo criados laços de solidariedade.
O responsável pela Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, Silvan Rodney Pereira, vai além.
Se existe essa complementação na área de segurança é decorrente da deficiência de policiais e de falta de projetos modernos capazes de cobrir lacunas existentes no setor. “Medidas alternativas devem ser experimentadas na prática para diagnosticar resultados”. Mesmo não condenando a atitude da comunidade, o delegado ressalta que há o deslocamento do criminoso para outros lugares onde possa agir livremente.
O precursor foi o cabeleireiro Ronaldo Pereira Farias, 40 anos. Ele teve a ideia depois de uma conversa informal com os vizinhos. A rotina da rua era de duas invasões de casas por semana, pichações de muros e presença de dependentes químicos nas redondezas. “Quem manda na rua agora somos nós”, diz.
Segundo Farias, o sistema custa em torno de R$ 100. Graças a sua iniciativa, tem sido procurado por outros moradores para dar consultoria na instalação. Os clientes mais recentes vieram dos bairros do Xaxim e do Portão.
O morador argumenta que não basta dispor de sirenes e câmeras, é preciso criar um novo comportamento na comunidade, com práticas paralelas que auxiliem no combate à criminalidade. “A sirene é só um meio de chamar a atenção. O que importa realmente é a parceria entre os que vivem na rua”, co­­menta Farias.
Algumas dicas ajudam a comprometer as pessoas com o sistema, como a colocação do lixo so­­mente no dia de passagem dos ca­­minhões – garantindo a limpeza pública –, e o respeito ao horário das festas, que só podem durar até meia-noite. Mas não fica por aí. Em caso de doença ou acidente a sirene deve ser acionada para que os moradores possam ajudar quem precisa.
O benefício, garante Farias, não fica restrito somente à rua com sirenes. O entorno se beneficia com a redução de assaltos e com a inibição do tráfico de drogas.
O movimento da rua é gravado 24 horas. Graças a essa vigilância, Sérgio Barbosa de Farias, 32 anos, foi salvo de um assalto quando voltava de uma festa na madrugada. “Um simples telefonema do vizinho da frente me salvou”, conta ele. No caso de emergência, a orientação é que todos os moradores acionem a sirene e se comuniquem entre si, para que a polícia seja acionada. “Não podemos agir como polícia e nem temos a pretensão de que ela possa estar em todos os lugares”, argumenta.
União
A Rua Luís Kulla, no Santo Inácio, é o mais novo endereço do sistema. Há dois meses, três sirenes foram dispostas na rua e cada morador possui duas campainhas de acionamento. A proposta surgiu em uma reunião de moradores depois de alguns assaltos na região. Na época, o Seminário da Sagrada Família foi um dos locais assaltados. “É uma manifestação de que o perigo existe sim, mas queremos demonstrar que estamos unidos”, diz o padre Adriano Da Levedore, responsável pelo seminário.
O religioso lembra que, além da segurança garantida, uma das vitórias do projeto é o resgate da união dos moradores. “O objetivo não é fofocar, mas sim contribuir com o bem-estar coletivo”.

Poder público
Uma iniciativa da Secretaria Municipal de Defesa Social - Guarda Municipal de Curitiba, vai garantir, nos próximos meses, 57 câmeras monitoradas no bairro do Sítio cercado, instaladas em escolas, agências bancárias, pontos de ônibus, entre outros. Na sequência será a vez do Cajuru, um dos cinco com maior número de homicídios em Curitiba.
O lote do Sítio Cercado vem se somar às 116 câmaras já instaladas, levando para a região um modelo implantado anteriormente no Anel Central, em Ruas da Cidadania e em alguns parques de Curitiba. “A eficiência é total porque os marginais migram”, afirmou  o ex- secretário municipal da Defesa Social Marcus Vinicíus Michelotto, hoje em 2011 é  secretário estadual de segurança pública.

Em um futuro próximo, a expectativa é ter os equipamentos instalados em toda Curitiba, monitorados por uma central. Pela experiência, a criminalidade tende a cair em torno de 62% em áreas monitoradas.
Para Michelotto a participação da população na criação de mecanismos que busquem a segurança é positiva. “A polícia não é onipresente. A segurança pública não é só responsabilidade do estado”, admite. Ele lembra que 90% dos crimes são resolvidos através do envolvimento população.
Vizinhos se aproximam para inibir criminalidade
Há quem acredite que a boa convivência com vizinhos, sem recorrer a câmeras e outros equipamentos eletrônicos, também seja uma alternativa satisfatória. A aproximação pessoal e a orientação de conceitos de cidadania foram as apostas de um morador da Rua Azis Surugi, no bairro Boqueirão, em Curitiba. A iniciativa conhecida como Vizinhança, criada e implantada há seis meses pelo capitão Alexandre Bruel Stange, da Polícia Militar, é aceita por todas as 28 famílias moradoras do logradouro.
A primeira ação da comunidade foi estar mais presente em duas praças que ficam no fim da rua para fazer com que usuários de drogas deixassem de frequentar o local. A pintura de muros, o plantio de árvores e a manutenção de calçadas vieram na sequência, sempre com a ajuda dos moradores.
O método consiste na troca de telefones e e-mails, além do uso de apitos em casos de emergência. Se for à noite, os moradores foram orientados a acender as luzes de casa. Cinco emissões sonoras significam uma mensagem de socorro aos vizinhos próximos. “Atualmente, o número de assaltos no local zerou. Existe uma sensação de segurança e uma vigilância natural por parte dos moradores”, afirma Stange. Ele acredita que a segurança não se dá somente pela presença do aparato policial. A ideia de Stange já foi disseminada em ruas de outros bairros como Santa Felicidade e Hugo Lange.
A mobilização entre vizinhos também tem sido uma das formas de manter a segurança entre os moradores da Vila Rigoni, no Fazendinha. A ideia de trocar números de telefones surgiu na gestão do conselho de segurança (Conseg), em 2006, e, mesmo com a desativação do grupo, no ano passado, ela se mantém ativa entre as 200 famílias do local. Com isso, não foram mais registrados crimes. Antes era um assalto a cada noite, conforme o ex-presidente do Conseg, João Carlos de Lima. Nas reuniões, foi incentivada a comunicação entre os vizinhos e o uso do telefone 181, para fazer denúncias anônimas. “O resultado foi a dispersão dos traficantes, porque eles sabem que o pessoal está em alerta e tem controle da situação”, afirma Lima.
No Bairro Alto existe um programa similar desde 2003. Lá, o Conseg do bairro o chamou de Vizinho Solidário e, até o momento, tem sido divulgado boca-a-boca. Por enquanto, são duas ruas atendidas. Em outra, os moradores preferiram instalar um sistema sonoro. “Infelizmente, a comunidade não tem respondido como gostaríamos, ela só se preocupa quando o problema aparece”, afirma Marcos Murilo Holz­­man, presidente do Conseg. Na opinião dele, os problemas com a criminalidade começam com o álcool na infância, passam pelas drogas e o furto para manter o vício. “Hoje já passamos o patamar do suportável. Mas o círculo vicioso só vai ser resolvido quando conseguirmos pegar pela ponta”, acredita
Autor: Aline Peres

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