"NÓS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA, NÃO QUEREMOS SER QUALIFICADOS E SIM OS MELHORES"

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

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24 de jul. de 2012

COMO FUNCIONA OS RECEPTADORES GPS ?



CURIOSIDADES
Introdução
Nossos ancestrais tiveram de apelar para medidas extremas para não ficarem perdidos: eles erguiam pontos de referência monumentais, desenhavam mapas detalhados com muita dificuldade e aprendiam a ler as estrelas  no céu. No serviços de segurança privada o GPS é muito utilizado tanto nas áreas operacionais de supervisão, atendimento de alarmes e monitoramento, escolta armada e serviços esporádicos da empresa em caso de deslocamento rápido.
As coisas são muito, muito mais fáceis hoje em dia. Por menos de US$ 100 doláres el em torno de R$ 300,00 reais no Brasil  é possível comprar um dispositivo de bolso que lhe diz exatamente em que ponto da Terra você está a qualquer momento. Contanto que você tenha um receptor GPS e uma vista desobstruída do céu, nunca ficará perdido outra vez.
Nesse artigo, veremos como esses convenientes guias realizam este surpreendente “truque”. Como veremos mais adiante, o Sistema de Posicionamento Global é amplo, caro e envolve muita técnica, mas os conceitos básicos em ação são consideravelmente simples e intuitivos.
Quando as pessoas falam sobre "um GPS", estão normalmente se referindo a um Receptor GPS. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é uma verdadeira constelação de 27 satélites em órbita ao redor da Terra (24 em operação e 3 extras caso haja falha nos outros). O exército americano desenvolveu e implementou essa rede de satélites como um sistema de navegação militar, mas logo a disponibilizou às demais pessoas.



Foto cortesia da NASA
Satélite GPS NAVSTAR
Cada um destes satélites movidos a luz solar e pesando de 3 a 4 mil libras (aproximadamente 1.360 a 1.814 kg) circunda o globo terrestre a aproximadamente 19.300 quilômetros, completando duas rotações completas a cada dia. As órbitas são dispostas de modo que a qualquer hora do dia, em qualquer lugar na Terra, haja pelo menos quatro satélites "visíveis" no céu.

Foto cortesia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Concepção artística da constelação de satélites GPS
A função de um receptor GPS é localizar 4 ou mais desses satélites, determinar a distância para cada um e utilizar esta informação para deduzir sua própria posição. Essa operação é baseada em um princípio matemático simples chamado trilateração. A trilateração em um espaço tridimensional pode parecer um pouco complicada, então começaremos explicando o que é trilateração bidimensional.

Trilateração 2-D

Imagine que você esteja em algum lugar nos Estados Unidos e está TOTALMENTE perdido, não tem a menor idéia de onde está. Você encontra um morador local amigável e pergunta a ele: "Onde eu estou?". Ele lhe diz: "Você está a 1006 km (625 milhas) de Boise, Idaho".
Uma ajuda, mas que não é tão útil sozinha. Você poderia estar em qualquer lugar ao redor de Boise, desde que em um raio de 1006 km (625 milhas), desta maneira:


Você pergunta a outra pessoa onde está e ela diz: "Você está a 1110 km (690 milhas) de Minneápolis, Minnesota". Agora você está chegando a algum lugar: se combinar esta informação com a informação de Boise, você terá dois círculos que se cruzam. Agora você sabe que tem de estar em uma dessas duas interseções, já que está a 1006 km (625 milhas) de Boise e a 1110 km (690 milhas) de Minneápolis.

Se uma terceira pessoa lhe disser que você está a 990 km (615 milhas) de Tucson, Arizona, eliminará uma das possibilidades, pois o terceiro círculo irá se cruzar somente com um desses pontos. Assim, você saberá exatamente onde está: Denver, Colorado.

Esse conceito funciona da mesma maneira em espaços tridimensionais, mas estamos falando de esferas ao invés de círculos. Na seção seguinte, veremos esse tipo de trilateração.
Trilateração 3-D
Fundamentalmente, a trilateração tridimensional não é muito diferente da bidimensional, mas sua visualização é mais complexa. Imagine os raios dos exemplos anteriores indo em todas as direções. Assim, ao invés de uma série de círculos, você tem uma série das esferas.
Se você souber que está a 16 quilômetros (10 milhas) do satélite A no céu, poderia estar em qualquer lugar da superfície de uma esfera imaginária imensa, com um raio 16 quilômetros (10 milhas). Se você souber também que está a 24 quilômetros (15 milhas) do satélite B, poderá sobrepor às duas esferas, que se cruza em um círculo perfeito. Se você souber a distância até um terceiro satélite, obterá uma terceira esfera, que se cruza com esse círculo em dois pontos.
A própria Terra pode agir como uma quarta esfera - apenas um dos dois pontos possíveis estará na superfície do planeta em si, de forma que você pode eliminar o ponto no espaço. Apesar disso, os receptores geralmente olham para quatro ou mais satélites para melhorar a precisão e fornecer informações exatas sobre altitude.

A fim de realizar esse simples cálculo, o receptor GPS precisa saber duas coisas:
·         a posição de no mínimo três satélites acima a você
·         a distância entre você e cada um desses satélites
O receptor GPS obtém estas informações analisando sinais de rádio de alta freqüência e baixa potência dos satélites GPS. Os melhores aparelhos possuem receptores múltiplos, podendo assim captar sinais de diversos satélites simultaneamente.
As ondas de rádio são energia eletromagnética, o que significa que elas viajam na velocidade da luz (aproximadamente 186 mil milhas por segundo, 300 mil quilômetros por segundo, no vácuo). O receptor pode obter a distância que o sinal viajou cronometrando quanto tempo ele levou para chegar. Na seção seguinte, veremos como o receptor e o satélite trabalham juntos para realizar essa medição.
Medindo distâncias
Na página anterior, vimos que um receptor GPS calcula a distância até os satélites GPS cronometrando o tempo de viagem de um sinal do satélite ao receptor, um processo consideravelmente elaborado.
Em determinado momento (digamos à meia-noite), o satélite começa a transmitir um padrão digital longo chamado código pseudo-aleatório. O receptor produz o mesmo padrão digital exatamente à meia-noite. O sinal do satélite chega ao receptor com um atraso em relação ao padrão por ele produzido.

Foto cortesia do Exército dos Estados Unidos
Um satélite do GPS
A extensão do atraso é igual ao tempo de viagem do sinal. O receptor multiplica esse tempo pela velocidade da luz para determinar qual distância o sinal viajou. Supondo que o sinal tenha viajado em linha reta, essa é a uma distância do receptor até o satélite.
Para realizar essa medição, tanto o receptor quanto o satélite necessitam de relógios que podem ser sincronizados no nível do nanos segundo. Para criar um sistema de posicionamento via satélite utilizando somente relógios sincronizados, você necessitaria de relógios atômicos não somente em todos os satélites, mas também no próprio receptor. Mas os relógios atômicos custam entre US$50 mil  e US$100 mil, o que os torna caros demais para o consumidor comum.
O sistema de posicionamento global tem uma solução inteligente e eficaz para esse problema. Cada satélite contém um relógio atômico caro, mas o receptor em si utiliza um relógio de quartzo  comum, que é reiniciado constantemente. Em suma, o receptor observa os sinais provenientes de quatro ou mais satélites e ajusta sua própria imprecisão. Em outras palavras, existe apenas um valor para o "horário atual" que o receptor pode utilizar. O valor correto de hora fará com que todos os sinais que o receptor está recebendo alinhem-se em um único ponto no espaço. Esse valor de hora é o mesmo dos relógios atômicos em todos os satélites. Assim, o receptor ajusta seu relógio de acordo com esse valor de hora e passa a ter a mesma hora que todos os relógios atômicos têm em todos os satélites. O receptor GPS tem a precisão de um relógio atômico "independente".
Quando você mede a distância de quatro satélites localizados, você pode desenhar quatro esferas que se cruzam em algum ponto. Três esferas irão se cruzar mesmo que seus números estejam muito incorretos, mas quatro esferas não se cruzarão em nenhum ponto se você tiver medido incorretamente. Como o receptor faz todas as suas medidas de distância utilizando seu próprio relógio embutido, todas as distâncias estarão proporcionalmente incorretas.
O receptor pode calcular facilmente o ajuste necessário que faz com que as quatro esferas se cruzem em um mesmo ponto. Baseado nisso, o receptor reinicia o seu relógio para que ele se sincronize com o relógio atômico do satélite, fazendo isso sempre que está ligado, o que significa que ele é quase tão preciso quanto os  caros relógios atômicos dos satélites.
Para que a informação da distância seja útil, o receptor também tem que saber onde os satélites estão, de fato, e isso não é difícil, já que eles viajam em órbitas muito elevadas e previsíveis. O receptor GPS simplesmente armazena um almanaque que lhe diz onde cada satélite deveria estar em qualquer momento determinado. Elementos como a atração da lua e do sol mudam ligeiramente as órbitas dos satélites, mas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos monitora constantemente suas posições exatas e transmite quaisquer eventuais ajustes a todos os receptores GPS, como parte dos sinais dos satélites. 
GPS Diferencial
Até aqui aprendemos como um receptor GPS calcula sua posição na Terra baseado na informação que recebe de 4 satélites. Esse sistema funciona muito bem, mas imprecisões podem ocorrer. Esse método supõe que os sinais de rádio atravessarão a atmosfera em uma velocidade consistente (a velocidade da luz). Na realidade, a atmosfera da Terra reduz um pouco a velocidade da energia eletromagnética, particularmente quando atravessa a ionosfera e a troposfera. O atraso varia de acordo com o lugar onde você está na Terra, o que significa que é difícil contabilizar esse atraso com precisão nos cálculos de distância. Os problemas também podem ocorrer quando os sinais de rádio rebatem em grandes objetos como aranha – céus, dando a um receptor a impressão de que um satélite está muito mais distante do que realmente está. Além de tudo isso, os satélites às vezes emitem dados de almanaque imprecisos, revelando incorretamente sua própria posição.
Um GPS Diferencial (DGPS) ajuda a corrigir estes erros. A idéia básica é ajustar a imprecisão do GPS em uma estação receptora fixa com uma posição conhecida. Como o equipamento DGPS, na estação receptora, já sabe sua própria posição, pode facilmente calcular a imprecisão do seu receptor. A estação transmite um sinal de rádio a todos os receptores da região que estejam equipados com DGPS, fornecendo informações de correção de sinal naquela área. No geral, o acesso a essas informações de correção faz dos receptores DGPS muito mais precisos do que receptores comuns.
A função mais essencial de um receptor GPS é captar as transmissões de pelo menos quatro satélites e combinar as informações dessas transmissões com a informação em um almanaque eletrônico, tudo isso para obter a posição do receptor na Terra.
Uma vez feito esse cálculo, o receptor pode dizer-lhe a latitude, a longitude e a altitude (ou alguma medida semelhante) da sua posição atual. Para facilitar a navegação, a maioria dos receptores insere esses dados não processados em arquivos de mapa armazenados na memória.

Foto cortesia de Garmin
StreetPilot II, um receptor GPS com os mapas internos para motoristas

Você pode utilizar os mapas armazenados na memória do receptor, conectar o receptor a um computador que possa armazenar mapas mais detalhados em sua memória ou simplesmente comprar um mapa detalhado da sua área e localizar-se utilizando as leituras de latitude e longitude do receptor. Alguns receptores permitem o download de mapas detalhados para a memória ou que você forneça mapas detalhados por meio de cartuchos de mapa conectados ao receptor.
Um receptor GPS padrão não só situará você no mapa em um determinado local, como também irá traçar seu caminho por um mapa à medida que você se move. Se você deixar seu receptor ligado, ele poderá permanecer em constante comunicação com os satélites GPS para ver como a sua posição está mudando. Com essas informações e com seu relógio interno, o receptor pode dar-lhe diversas informações pertinentes:
·         qual a distância que você viajou (odômetro)
·         por quanto tempo você viajou
·         sua velocidade atual (velocímetro)
·         sua velocidade média
·         uma trilha que mostra no mapa exatamente onde você viajou
·         o tempo estimado até o seu destino se mantiver sua velocidade atual

NOVA REGRA: PORTE DE ARMA NÃO É MAIS INAFIANÇAVEL

INFORMAÇÃO DE UTILIDADE

 Em Sessão Plenária longa, o Supremo Tribunal Federal (STF) flexibilizou rígidas Regras do Estatuto do Desarmamento, vigor los DESDE Day dezembro de 2003. A maioria dos ministros decidiu liberar o Pagamento de fiança n porte ilegal de Armas e parágrafo Disparo com Armamento de fogo, Além de ter Garantido o Direito uma Liberdade Provisória n º Réus apanhados com Armas ilegais.
Os ministros julgaram uma Ação Direta de Inscontitucionalidade (ADI) EM Opaco o PTB contestava um íntegra do Estatuto do Desarmamento, Legislação Que regula o Registro, a posse ea Comercialização de Armas de fogo e munição, alem De definir Atribuições O funcionamento de e fazer Sistema Nacional de Armas (SINARM). A ADI alegava Que o Estatuto violava OS princíípios da presunção de Inocência e Direito de Propriedade, Entre Outros.

Os Artigos Que MUDAM
O ARTIGO 21 , Que prévia Serém "insuscetíveis de Liberdade Provisória (com fiança e SEM)" os crimes de porte ilegal de arma de OSU restrito das Forças Armadas e de Comércio ilegal de Armamento, SEJA Importação, Exportação OU favorecimento de Transporte de munição.
Os ARTIGOS 14 (porte ilegal de arma de fogo de USO permitido) e 15 (Disparo de arma de fogo), tambem impugnados, vedavam O Pagamento de fiança Pará crimes mínimos respectivos.
Fonte: A notícia

INVESTIR EM QUALIFICAÇÃO É FUNDAMENTAL


RECURSOS HUMANOS 
Aperfeiçoamento deve ser contínuo em todos os níveis
“Segurança com qualidade se faz com talentos humanos, profissionais selecionados, éticos e comprometidos com sua responsabilidade”. Estas qualidades, destacadas pelo gerente da Etese, Herberto Frankowiak, devem estar presentes em todos os níveis da empresa, pois o desempenho do profissional, independente de seu cargo, repercute diretamente na imagem da empresa prestadora do serviço. Segundo o consultor Osvaldo Poffo, o esforço de se manter funcionários conscientizados deve ser contínuo e constante para que se crie uma cultura de segurança.
As escolas técnicas que atuam neste segmento têm papel fundamental nesse processo. São elas que formam, reciclam e colocam no mercado profissionais preparados para atuar nas mais diversas áreas de segurança. Para o gerente comercial da empresa Tele-Alarme, Jackson R. Ristow, os colaboradores são a parte mais importante do processo. “Estes profissionais lidam diretamente com situações de emergência e crise, por isso, toda a equipe deve aperfeiçoar-se, ter controle emocional e bom senso”, diz. Esta opinião é compartilhada por outras empresas de segurança que, cada vez mais, buscam oferecer serviços diferenciados.
O profissional que pretende ingressar neste mercado de trabalho deve ter em mente a importância dos treinamentos e da sua reciclagem profissional, devido às constantes inovações tecnológicas no segmento. Ainda segundo Ristow, as exigências serão cada vez mais acentuadas. “As qualidades pessoais, a formação educacional, a experiência profissional e o aperfeiçoamento são diferenciais impostos pelos novos tempos”, conclui.
Cursos contribuem para formar líderes
Além da mão-de-obra básica para a área de segurança, as empresas do setor buscam profissionais qualificados em alta e média gestão para ocupar cargos como o de supervisor de segurança. Este profissional deve mostrar habilidades específicas e ter formação em cursos avançados. Segundo Ristow, o supervisor de segurança é um líder e, como tal, deve saber administrar as diferenças individuais e conquistar a confiança do grupo. “O supervisor não é mais aquele carrasco que cobra números, e sim quem orienta para que as normas pré-estabelecidas pela empresa sejam cumpridas”, reforça.

Fonte: Jornal A Notícia – Caderno Especial Segurança

VIGILANTES SÃO DESVIADOS DE FUNÇÕES

SEGURANÇA PRIVADA 

Os profissionais que deveriam cuidar da segurança patrimonial acabam fazendo atendimento direto ao usuário. Muitas empresas em vez de contratar um vigilante acaba contratando um vigilante multifuncional, e acaba esquecendo que segurança é coisa séria, veja na matéria a seguir o que ocorre quando  o vigilante desvia de suas funções.

É recorrente entrar em órgãos públicos no Distrito Federal ou qualquer estado brasileiro  e ser recepcionado por um vigilante que dá as coordenadas para onde se deseja chegar ou sobre o serviço pretendido, bem como organiza filas, entrega senhas, atende ao telefone e faz cadastro de visitantes. Nos hospitais, o senso de humanidade fala mais alto e eles (os vigilantes) também correm para ajudar os doentes e acidentados que chegam. Na falta de recepcionistas, eles fazem o trabalho burocrático e, em alguns órgãos, podem ser vistos atrás de computadores em guichês instalados na entrada dos edifícios.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no DF (Sindesp-DF), Irenaldo Pereira Lima, confirma que muitos vigilantes acabam desempenhando outras funções além daquelas para as quais foram contratados. “Quando a gente ganha a licitação do órgão é para fazer a segurança patrimonial. Só que quando se chega hoje em hospitais, postos de saúde, departamentos de trânsito e nos ministérios, o que se vê é o vigilante atrás de um balcão passando informações. Acho que isso não é fazer segurança”, argumenta. Ele acredita que o desvio de função decorre tanto da falta de pessoal para o atendimento ao usuário como pela falta de um plano de segurança.

Irenaldo destaca a preocupação com a condição do vigilante, pois muitas vezes eles podem estar deixando de lado suas atribuições principais e isso pode trazer consequências. “O vigilante, em vez de fazer a segurança do patrimônio do local, está ali distribuindo uma senha, passando uma informação. Em hospital eles distribuem senha e quando chega uma ambulância e não tem o maqueiro, aí eles ajudam a fazer o socorro de quem chegou. Se ele não fizer, não ajudar o doente, ele pode responder por omissão de socorro. É tanta coisa que está errada que a gente não sabe mais o que fazer”, observa.

Entre as preocupações com o desvio de função do vigilante está o porte de arma. Quando um vigilante armado está num hospital e vai ajudar a retirar uma maca da ambulância, ele pode ficar vulnerável e ver tomada sua arma, o que pode oferecer grande perigo para as pessoas no local.“E se acontecer algum sinistro ali enquanto o vigilante está com a maca na mão? E se enquanto ele está ajudando o doente alguém chega e toma aquela arma dele? São situações preocupantes”, atenta.

Para o presidente do Sindesp-DF, antes de fazer uma licitação, os órgãos públicos deveriam exigir a elaboração de um plano de segurança para, a partir daí, ter a real estimativa do quantitativo necessário e também da forma do serviço de segurança a ser prestado conforme a necessidade específica do órgão. “A gente tem feito essa denúncia para o sindicato laboral, que é o sindicato da categoria. É preciso deixar o vigilante fazer o seu serviço mesmo. São coisas que até as pessoas que fazem a contratação têm que compreender que os vigilantes estão ali para fazer a segurança patrimonial e não esse desvio de função que existe”, aponta.

O dirigente sindical afirma que vem solicitando aos sindicatos, aos gestores de contrato e até da federação que reúne os sindicatos de segurança no país, para que seja elaborado um documento direcionado aos órgãos públicos alertando para a necessidade de que todos façam um plano de segurança. “Se eu faço um plano de segurança e o órgão aceita aquele plano, então se assume a obrigação de cumpri-lo e isso evita desvio de funções”, analisa.

Hoje, nos editais de licitação dos serviços de segurança patrimonial é requerido das empresas interessadas em participar que façam uma vistoria no local de prestação do serviço a fim de conhecerem a dificuldade do local e aceitá-la, quando na verdade deveria ser cobrada a elaboração do plano de segurança.

A falta do plano de segurança e os recorrentes desvios de funções colocam as empresas de segurança em situação de risco nos contratos com órgãos públicos, visto que em caso de sinistro, que seriam as ocorrências relativas à segurança, as empresas estão arcando com as responsabilidades sozinhas.

A falta da participação de um gestor de segurança na elaboração dos editais e no levantamento das necessidades é outro problema sério enfrentado pelas empresas. “Hoje os órgãos lançam edital estabelecendo quantitativos que a gente não sabe de onde veio. Simplesmente eles soltam um edital e a gente participa”, conta.

Segundo o dirigente da Sindesp-DF, Brasília possui 68 empresas de segurança pública e privada sendo que, dessas, 32 são filiadas a esse sindicato.Vigilantes x recepcionistas No Sindicato dos Vigilantes do DF, o presidente Jervalino Rodrigues Bispo contesta o desvio de função e, pelo contrário, afirma que muitos recepcionistas hoje vêm assumindo funções que seriam de exercício dos vigilantes. “Vários órgãos estão fazendo o seguinte: tirando os vigilantes, que são qualificados para fazer segurança no local, e colocando recepcionistas, onde a função do recepcionista é a mesma do vigilante e a recepcionista não está qualificada para fazer aquele trabalho. A gente vem brigando e está com essa demanda”, observa o dirigente.Sobre as denúncias de desvio de funções, Jervalino considera muito difícil isso acontecer tendo em vista que a orientação do sindicato é de que os vigilantes não têm nenhuma obrigação de fazer outra função no local além da sua, e são, inclusive, proibidos disso. No entanto, o sindicalista afirma que as funções do vigilante depende do local em que ele está alocado. “Se for um serviço de portaria de verificar a entrada e saída, isso está correto. Agora se for num local de fazer segurança, ele não pode fazer outra coisa. Tem local em que o vigilante fica ali para manter a ordem de entrada e saída, e ele tem que identificar a pessoa e para ele identificar ele precisa saber quem entrou e que horas entrou”.Nos hospitais, Jervalino admite que é mais difícil conter a possibilidade de um vigilante desviar de função. “Ali acontece sempre porque às vezes o doente chega e não tem ninguém para receber e o vigilante está ali solidário com aquela pessoa e acaba prestando alguma assistência para não deixar aquela pessoa morrer ali fora”, explica. Apesar de o sindicato compreender a posição do vigilante e buscar meio de protegê-los nesses casos, a orientação dada é de que os vigilantes não façam isso. “A gente sempre diz: evite sair do seu posto. Mas você sabe como é ser humano, procura sempre uma forma de aliviar o sofrimento do outro. Mas a gente orienta para ter cuidado nessa hora de trabalho”, destaca.O presidente do Sindesv-DF concorda que é necessário que a empresa contratada tenha um plano de segurança para o órgão, assim saberá com maior efetividade quantas pessoas são suficientes para fazer a segurança naquele local e quais as necessidades da segurança ali. “Contratar o vigilante para um local onde a pessoa que está contratando não sabe nem para que e nem porque, é em vão o serviço e acontece demais. Às vezes tem um local perigoso que tem que colocar cinco ou seis vigilantes, mas eles contratam somente um”, argumenta.O deputado distrital Chico Vigilante (PT) acredita que não há desvio de funções dos vigilantes nos órgãos públicos. Para ele, o que acontece é uma colaboração no atendimento aos usuários. Para o parlamentar, é perfeitamente natural ao vigilante ter que proceder cadastro de entrada e saída de pessoas, pois isso faz parte da função do vigilante que consiste, entre outras coisas, de observar, saber quem vai entrar e quem sai.

Veja também a matérias -  Ser um vigilante prestativo ou ostensivo? e Vigilantes e relação com os clientes.


Fonte:www.viaseg.com.br

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