"NÓS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA, NÃO QUEREMOS SER QUALIFICADOS E SIM OS MELHORES"

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

SUA PROTEÇÃO É A NOSSA PROFISSÃO

9 de abr. de 2010

VOCÊ SENTE SEGURO EM SHOPPINGS?

SEGURANÇA PRIVADA
A pergunta do título pode parecer bobagem, uma vez que segurança é uma das maiores vantagens desses centros de entretenimento. Uma pesquisa do ano passado sobre o comportamento da classe média, feita pela TNS InterScience, mostrou que ela foi citada por 66% dos entrevistados como um benefício dos shoppings, ficando atrás apenas da comodidade de apresentar várias opções no mesmo local, com 77%. Por conta dessa confiança dos clientes, empreendedores constataram que a área de segurança é um dos principais chamarizes de seu negócio. Outra pesquisa feita pela mesma TNS Interscience, encomendada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), apurou que 99% dos empreendimentos consultados já possuem circuito fechado de câmeras, contra 92% em 2004, porém não em quantidades suficientes. As soluções de alta tecnologia utilizadas para monitorar estes locais passam por câmeras camufladas, colocadas em locais estratégicos, que não são (nem devem ser) percebidas pelos clientes.
A pesquisa foi feita com 196 shoppings brasileiros, de tamanhos variados e de todas as regiões do País. Chamada de Segurança e Operações em Shoppings Center, ela mostrou que existe a percepção, por parte dos gestores das áreas, de que talvez falte treinamento aos vigilantes. A pesquisa da TNS concluiu que são três as questões que os shoppings devem incrementar: atualização da tecnologia, aumento da quantidade de câmeras e treinamento e reciclagem dos seguranças.
De acordo com o estudo da TNS, `a falta de agilidade e estrutura da polícia local levou os shoppings a adotar medidas de modo a melhorar/garantir a segurança de seus visitantes e prevenir acidente. As ações começam na segurança física - construção de guaritas policiais dentro da área do shopping, instalação de câmeras e alarmes de incêndio nas lojas - e chegam ao planejamento, com a criação de estudos de análise de risco. Adriana Colloca, Gerente de Pesquisa e Assuntos Econômicos da Abrasce, cita alguns exemplos de como o trabalho em conjunto da segurança do shopping com a polícia pode ser positivo. Segundo ela, recentemente um shopping na Bahia ajudou a polícia a desvendar um crime, cedendo imagens do sistema de câmeras interno. `Existem muitos casos de veículos roubados que são localizados dentro do shopping, quando a segurança do empreendimento avisa a polícia`, afirma. Polícia Vale lembrar que segurança reforçada não significa força policial. Alguns clientes acham que o vigilante tem poder de polícia, o que lhe é negado por lei. Segundo o especialista em segurança corporativa Fred Andrade, da Famáster, `é preciso pensar em duas linhas de defesa: a externa predominantemente feita pela polícia; a interna, pelos vigilantes. Para que isso funcione, o lojista também tem de saber se protege, afirma. O comerciante também deve cooperar: tem de saber como expor a mercadoria, se precaver de estelionatos, de dinheiro falso, de furtos, e se defender de assalto à mão armada. Mas Andrade é taxativo: `em shopping, não se usa armas de fogo. `Na pesquisa a gente percebe que os seguranças estão mais desarmados, o que eu acho ótimo, afirma Elizabeth Salmeirão, diretora de varejo da TNS. O estudo mostra que apenas 6% dos vigilantes internos usam arma, contra 24% dos que trabalham do lado de fora do empreendimento. `Existe uma idéia de que os seguranças ficam `impotente sem arma de fogo, que é errada. Na maioria das vezes, a arma só tende a piorar o conflito dentro de um shopping. Entrar num desses empreendimentos e ver seguranças na porta é mais importante; essa é a minha visão como consumidora. `, afirma Elizabeth. POR LEI, O VIGILANTE NÃO TEM PODER DE POLÍCIA. SÓ 6% DOS QUE TRABALHAM INTERNAMENTE CARREGAM ARMA Andrade defende que o vigilante tem de saber reconhecer os diversos tipos de indivíduos que possam ameaçar o empreendimento: assaltantes, ladrões, cleptomaníacos, narcisistas, criminosos comuns, sociopatas, etc.`O vigilante precisa conseguir identificálos não só para proteger o cliente, mas para saber agir e não perder a própria vida, afirma Andrade. Medo e investimentos O debate sobre a necessidade de maior investimento na segurança dos shoppings é profundo. Reforçar os aparatos tecnológicos e investir numa equipe responsável e ágil para lidar com situações diversas torna-se importante por conta de um medo coletivo, cuja razão não está nos shoppings, mas nas pessoas. `Imagino o quão difícil seja para o centro de compras. Há mil câmeras e as pessoas falarão que ainda falta segurança, afinal, é no shopping que elas podem ostentar gastar, se diverti, afirma Elizabeth. Segundo ela, esse prazer não pode ser ameaçado por qualquer desconforto, como medo ou eventos de violência. `Aquele momento de compra prazeroso não pode ser abalado, diz. Em linhas gerais, o cliente espera que os vigilantes sejam rápidos, evitem a violência, sejam eficientes ao flagrar um delito, saibam defendê-lo e defender-se e, enfim, sejam discretos em suas ações, para que seu passeio não sofra decepções.
A importância que os clientes dão aos momentos passados dentro dos shoppings é proporcional à preocupação dos empresários em oferecer conforto e segurança. Posto isso, é preciso saber se prevenir de qualquer evento negativo. De acordo com Fred Andrade, o shopping é um lugar ímpar, onde pode acontecer desde um trabalho de parto, a um assalto com tiroteio e mortes ou a queda de um avião. Para tanto, o vigilante tem de ser altamente capacitado, apesar dos cursos de formação ser generalistas. `Ele precisa ser polivalente, capaz de proteger o patrimônio, ser um socorrista, evitando o óbito, e ser também um brigadista, capaz de prevenir e combater o fogo. Além disso, é um profissional de relacionamento, tem de agradar sempre e, quando tiver que desagradar, deve fazê-lo agradavelmente, afirma o especialista da FAmáster. Esse planejamento especializado começa muito antes de o shopping estar em funcionamento - nesta hora, basta apenas incrementálo. Segundo Adriana, da Abrasce, os empreendedores se preocupam com a segurança quando o projeto arquitetônico ainda está no papel. `Quantos acessos? Quantas saídas de emergência, onde, e com que capacidade e como serão controladas? Onde estarão os bancos e joalherias? Como será o fluxo do estacionamento? E a iluminação externa? Estes e muitos outros detalhes do projeto são pensados por arquitetos e engenheiros junto a profissionais de segurança, explica. UM TERÇO DOS CHEFES DE SEGURANÇA TEM CURSO SUPERIOR COMPLETO

Surpresa Um ponto positivo e pouco conhecido da população, é que a pesquisa encomendada pela Abrasce indicou, é que 33% dos chefes de segurança dos shoppings e malls têm ensino superior completo, e 12% fizeram ou estão fazendo pós-graduação. São 45% de pessoas muito bem qualificadas. O problema, segundo o relatório, não é a qualificação profissional - que assola grande parte das funções de serviços gerais -, mas o treinamento dos vigilantes. Cada segurança recebe, em média, apenas 1,19 horas de treinamento por ano, o que é visivelmente ineficiente, mesmo para quem não é especialista. `Treinamento é sempre um fator vulnerável porque tem muita rotatividade de pessoal. Deveria ter um treinamento a cada três meses, no mínimo, afirma a diretora. E existe um modelo de segurança ideal? Não, assim como não se pode importar modelos de negócios de países da Europa ou da América do Norte. De acordo com o especialista Fred Andrade, `a estratégia de segurança de shoppings deve ser dissuasória (convencer o criminoso a não praticar o atentado), preventiva e defensiva. Na opinião de Adriana, da Abrasce, cada empreendimento deve se estruturar de acordo com as suas necessidades, `com a vizinhança, com o perfil dos consumidores, com a arquitetura (mais ou menos pisos, mais ou menos áreas abertas), etc`. E completa: `O que deve existir em comum a todas elas são profissionais bem treinados e equipamentos de ponta, finaliza. Números do estudo Pontos a serem avaliados pelos empresários: - 9 em cada 10 shoppings registram algum tipo de ocorrência, seja criminal, não criminal ou acidente; - 91% registram ocorrências criminais, sendo que furto em lojas tem a maior freqüência - cerca de 2 a 3 vezes por mês; - os shoppings contam com aparatos eletrônicos, como alarmes e câmeras internas; - cada segurança recebe, em média, apenas 1,19 horas de treinamento/ano; - 26% dos shoppings recebem rondas periódicas da polícia todos os dias; - 1/3 dos shoppings possui posto ou guarita policial dentro ou próximo do mesmo; - 1/3 não possui política de horários para transporte de valores; - 30% dos shoppings não possuem sistema de alarme de incêndio; - a maioria usa mão-de-obra terceirizada para cuidar da segurança, praticamente o dobro da mão - de - obra própria. Fonte:www.portaldoshopping.com.br Autora: Laura Lopes
Publicado: http://segurancaprivadadobrasil.blogspot.com

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